A própria origem do carnaval ainda é algo
indefinido para os historiadores. Muito embora o Carnaval, segundo a
Enciclopédia Barsa, seja definido como “um conjunto de festividades
populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias
que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da
Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda”, podemos afirmar, com toda a
certeza, de que se trata de uma festividade totalmente pagã, que não
guarda nenhuma relação com o cristianismo.
O carnaval tem sido atribuído à evolução e
à sobrevivência do culto de Ísis, dos festejos em honra de Dionísio, na
Grécia, e até mesmo às festas dos “inocentes” e “doidos”, na idade
Média, dando origem aos carnavais dos tempos modernos.
Segundo
relata o estudioso e pesquisador Hiram Araújo em seu livro Carnaval, a
origem das festas carnavalescas não têm como ser precisamente
estabelecidas, talvez possam estar ligadas aos cultos agrários, às
festas egípcias e, mais tarde, ao culto a Dionísio, ritual que acontecia
na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C.
Para a maioria dos pesquisadores, é
provável que o Carnaval tenha se originado no Império Romano, ainda
antes do nascimento de Cristo. Nessa época, celebravam-se as
Saturnálias, festas em homenagem ao deus do tempo, Saturno. Elas
aconteciam nos meses de novembro e dezembro, e todos os segmentos da
sociedade participavam. Dos membros da nobreza aos escravos, todos se
misturavam nas ruas para as comemorações, que incluíam muita comida,
bebida, música e dança, nada muito diferente do que ocorre hoje.
Nos primeiros séculos a Igreja Católica
não tinha expressão dentro do mundo greco-romano. Somente no século 4, o
imperador Constantino publica o Edito de Milão (313 d.C.), que torna o
catolicismo a religião oficial do Império e proíbe a perseguição de
cristãos. A partir do século 4, a Igreja cria uma estrutura mais forte e
elabora um cronograma oficial para as festas litúrgicas – Natal,
Quaresma e Páscoa – dentro do calendário Juliano.
Como a Igreja pautava-se nos padrões
éticos e morais, não permitia uma série de excessos na Quaresma, como a
realização de bacanais e saturnálias. Então, as pessoas passaram a
aproveitar o último dia antes do início da Quaresma para fazerem tudo a
que “tinham direito”. O carnaval é realizado justamente neste período e
remonta às características das festas pagãs.
Assim estas festividades pagãs foram
movidas para antes do início desse período – a mesma data atual – e
ganharam o nome de “carnem levare”, que em latim significa “adeus à
carne”, ou seja, uma despedida dos chamados prazeres carnais, dos tais
excessos que caracterizavam as Saturnálias e eram, como ainda são,
reprovadas pela Igreja.
É importante ressaltar que antes das
Saturnálias (Romanas), no Egito, no período da estação do outono
realizava-se a festa do boi Apis (animal sagrado). Escolhia-se o boi
mais belo e todo branco o qual era pintado com várias cores, hieróglifos
e sinais cabalísticos (branco = pureza, então, pintar o boi significa
torná-lo impuro). O boi era conduzido pelas ruas e levado até o rio
Nilo, onde era afogado. Em procissão, sacerdotes, magistrados, homens,
mulheres e crianças, fantasiados grotescamente, iam atrás dele (o boi)
dançando, cantando em promiscuidade até seu afogamento.
Frise-se que na mitologia Grega, Júpiter
se fez passar por um boi, seduziu a princesa Europa e a conduziu para o
mar até uma praia deserta onde a possuiu. É fato que estes relatos estão
entrelaçados, pois o inimigo sempre atuou no mundo de forma discreta e
às vezes até imperceptível para levar as almas à perdição, como na
Babilônia, como mais adiante explico.
No entanto, a Saturnália iniciava-se com
César e eram protegidas por Baco, o deus do vinho (daí o termo Bacanal).
Nos dias de folia, tudo se invertia e ao participar dessa inversão, as
pessoas representavam papéis, e fingiam ser o que não eram. Tanto que o
rei da festa, o Rei Momo, era um escravo (da classe mais baixa de Roma) e
podia ordenar o que quisesse durante as festividades. Durante seu
reinado, era praticado, sobre o seu comando, todo tipo de orgia,
bebedeira e lasciva. No término das festividades, ou seja, no final do
quarto dia, o rei Momo era sacrificado de forma brutal no altar de
Saturno. Mas quem afinal é a entidade Momo?
Momo era o deus da irreverência, e
irreverência, segundo os léxicos, é sinônimo de desrespeito, profanação,
sacrilégio, ofensa, desconsideração, desculto, desveneração e relaxo. E
aqui eu faço uma pausa e chamo sua atenção! Diante desta definição de
Momo dada pelos dicionários, pode-se afirmar com tranqüilidade que Momo
nada mais é do que o próprio Satanás que se insurge contra o próprio
Deus e leva os homens à profanarem seu próprio corpo que é o templo do
Espírito Santo.
A própria Mitologia Grega relata que, por
ser irreverente e profanador, Momo teria sido expulso do Olimpo (local
onde os gregos acreditavam morar os deuses da sua mitologia). Mas porque
afirmar que essa entidade era cultuada em Roma se a sua origem é Grega?
Momo é uma das formas de Dionísio, o deus Baco, patrono do vinho e do
seu cultivo (para os Romanos), daí também se origina o termo Bacanal que
significa festas orgísticas.
Frise-se que Saturno (deus cultuado nas
saturnálias) também é conhecido como o deus sol e isso nos retrocede bem
antes da época dos reinados Romano, Grego e Egípcio, nos levando até um
homem chamado Ninrode (Gênesis, 10:8 a 12).
O princípio do reino de Ninrode foi
Babel. Babel nos faz lembrar da torre, derrubada por DEUS, e o
surgimento de várias línguas (Gênesis, 11:1 a 9). Ninrode e seu povo
decidiram levantar uma torre, no intento de tocarem o céu, para
levantarem seu nome. Desejaram o mesmo que Lúcifer desejou, colocar seu
nome acima do nome do único DEUS. A essência da atitude de Ninrode e seu
povo é: nós somos poderosos na terra e também seremos poderosos nos
céus. Não haverá ninguém como nós.
Mas o SENHOR destruiu todo esse intento e
colocou um nome acima de todo nome, o nome de Jesus. Essa torre
representa a declaração de que “nós entramos nos céus, nós dominamos os
céus, nos tornamos poderosos na terra e nos céus”.
Voltando ao relato, Ninrode foi o homem
que, com seu poder, deu início a uma civilização chamada Babilônia.
Localizaremos em Babilônia o início de todas as profanações, todos os
cultos a outros deuses. Ali, milhares de deuses eram cultuados, mas
Javé, o verdadeiro DEUS, não era cultuado.
Quando Ninrode morre, sua mulher,
Semirames, declarou que Ninrode era o deus sol e seu filho Tamus era a
reencarnação de Ninrode, ou seja, Tamus era o deus sol encarnado.
Voltando para os dias de hoje, antes do
carnaval é feita uma eleição, e é escolhido um homem, que é coroado rei,
para reinar e comandar os dias da festa, que é chamado rei Momo, que
nada mais é do que uma representação viva de Satanás. Pode-se afirmar
que o carnaval de hoje é a mesma festa que acontecia no passado, com
algumas mudanças estratégicas feitas por Satanás, já que nos dias de
hoje não seria aceitável o sacrifício do representante Momo, Satanás
troca essa vida (o sacrifício do rei Momo) pela vida de todos os que são
brutalmente assassinados no período do carnaval.
Mas o pior de tudo vem agora, pois após
ser coroado, essa representação da entidade maligna, Momo, Baco,
Dionísio, Saturno, deus sol (Ninrode, Tamus), recebe das mãos do
prefeito da Cidade ou da autoridade máxima daquela localidade, Estado ou
País, as chaves “da cidade” e este ato de entrega das chaves, no mundo
espiritual tem uma repercussão devastadora, pois chave na Bíblia
significa poder, autoridade, domínio, ligar, desligar e abrir e fechar.
Isaias 22:22, Apocalipse, 1:18, 3:7, 9:1 e 20:1. Mateus, 16:19
“Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido
ligado nos céu; e o que desligares na terra terá sido desligado nos
céus”.
Assim, Satanás e sua legião de demônios
literalmente passam a reinar no carnaval ao receber as chaves da cidade
através de Momo e ligam espiritualmente os foliões ao inferno. Satanás é
tão astuto que traz para todas as culturas e povos um modo de ser
adorado, e ainda mais, faz com que ações sejam tomadas para afirmar sua
posse sobre a terra (Mt. 4:8 e 9).
Por fim, em Mateus 4:10-11 está escrito:
“Então Jesus o ordenou : Retira-te, Satanás, porque está escrito: ao
SENHOR, teu Deus, adorarás, e só a ELE darás culto. Com isto o deixou o
diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.
Enfim, trago essa reflexão, para que nós,
cristãos, pensemos coerentemente antes fazer parte desse festejo, pois
há muitos que curtem o carnaval hoje em dia e até acham que o carnaval é
bom, porém eles não têm consciência da armadilha maléfica que estão
sendo induzidos a participar.